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Para quem cresceu nos anos 90, com a internet discada e disquetes, a ideia de ter seu próprio site é bastante natural.
Antes das redes sociais, era assim que navegávamos: cada um era livre para criar seu espaço virtual como quisesse, sem ser influenciado por algorítmos ou bombardeado por picos de dopamina.
Naquele tempo, pequenas comunidades de leitores se formavam de acordo com seus interesses, a troca de comentários ou o compartilhamento de links, rss...
Hoje existe um movimento para resgatar essa prática, recuperando a atenção e criatividade pessoal, sem perder a magia e o poder de, com o clique de um botão, publicar algo que poderá ser encontrado por qualquer um, em qualquer lugar, em qualquer momento.
Ah, não, não era assim. Jornais, revistas, editoras, canais de TV e rádio tinham as chaves do grande público. Talvez, pequenos fanzines e jornais comunitários circulassem, mas seriam difíceis de serem encontrados do outro lado do mundo.
Essa é a verdadeira revolução da internet: ser uma rede de informações em que todos podem participar. Virar as costas para ela, embora tentador, acaba devolvendo o poder a poucos. Mas participar das redes sociais convencionais também acaba terminando assim.
Portanto, a escolha pela autopublicação. O neocities é uma rede, mas com a proposta de manter a "velha internet" viva. Aqui, o "webmaster" cria seu espaço como bem entende e faz seu próprio código, aprendendo no processo. Muitos gifs com glitter, textos confessionais, ficção e arte digital são compartilhados e resgatados dos arquivos perdidos da www.
O design deste site é inspirado no blog do Aaron Swartz¹ (que Deus o tenha), uma estrutura simples que pode ser navegada com um "Ctrl+L", ou através do menu acima.
Seja bem-vindo e, por favor, esqueça de curtir e compartilhar.
Lou, Porto Alegre, 23/04/2024
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